quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dez anos de uma injustiça exemplar

Faz 10 anos que o jornalista Pimenta Neves, então uma grande figura do Estadão, resolveu que se a ex-namorada não queria ficar com ele, não ficaria com ninguém. Saiu armado de casa, foi persegui-la em um haras e, pelas costas, deu por fim a carreira da moça por aqui. Hoje, dia 30 de setembro, a douta Justiça decidiu sua condenação: 400 milhas para a família da vítima, e ficamos nisso, por enquanto. Prisão? Nem um dia, nesse tempo que deve ter sido um calvário para os pais da moça. Fico imaginando se o pai dela, em um ato de desespero, resolvesse matar o assassino. Ele seria preso? Aposto que sim. E ainda seria alvo de reações indignadas dos magistrados, pois no império do Estado de Direito não se pode fazer justiça com as próprias mãos. Nem com elas, nem com mão nenhuma, se há bons advogados, bastante dinheiro e contatos fortes em jogo.

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